Vivemos Numa Era em que o Bem É Mal e o Mal É Bem?
Um olhar profundo sobre a inversão de valores, as redes sociais e o perigo dos rótulos.
Lior Sérgio
9/27/20253 min read
A Nova Ditadura dos Bons: Quando o Bem é Mal e o Mal é Bem
Por Lior
I. A inversão anunciada: a Torá já previa
Vivemos numa era onde os valores parecem de cabeça para baixo. O que durante milénios foi considerado virtuoso é hoje motivo de escárnio. E o que sempre foi visto como destrutivo, agora é exaltado. Esta inversão, longe de ser novidade, foi antecipada há milhares de anos pelos profetas da Torá e aprofundada pelos mestres da Kabbalah.
A tradição judaica fala de um tempo chamado "Ikveta deMeshicha" os passos do Messias. Um tempo onde o mundo parecerá completamente invertido antes da chegada de uma nova era de verdade. E é exatamente onde estamos.
"Na geração da chegada do Messias, a verdade será ausente. A arrogância será elevada. Os sábios serão desprezados." (Talmud, Sotah 49b)
II. O perigo dos rótulos fáceis: racismo, fascismo, ódio
Hoje em dia, qualquer ideia contrária ao consenso dominante é automaticamente etiquetada: racista, fascista, intolerante, etc. Não há espaço para diálogo, apenas para condenação. É o fim da nuance. Um jovem que diz amar o seu país é chamado de xenófobo. Um judeu que defende o direito de Israel existir é logo chamado de colonizador. Uma mulher que fala sobre o valor da maternidade é taxada de retrógrada.
“Acusar alguém de racismo tornou-se uma arma preguiçosa para evitar pensar.” frase anónima popular nas redes
A verdade é que a nova moralidade não permite perguntas, apenas submissão.
III. O caso Charlie Kirk: quando pensar diferente é crime
O jovem ativista conservador Charlie Kirk, fundador da organização Turning Point USA, é um exemplo emblemático. Ele não foi morto, mas é alvo diário de ódio, censura, difamação e cancelamento por defender valores conservadores e judeu-cristãos. Participa de debates em universidades, nas redes e na televisão sempre com ideias fundamentadas. Mas não importa.
Para a nova censura, importa mais o rótulo que o conteúdo.
Charlie Kirk foi chamado de tudo: supremacista branco, extremista, neonazi apenas por dizer que o socialismo falhou, que o aborto não é um direito absoluto e que os Estados Unidos foram fundados com base em valores bíblicos. Esta nova geração não debate: acusa.
IV. O papel da sabedoria judaica: o julgamento invertido
A Kabbalah ensina que, antes da revelação da verdade, o mundo passa por um processo chamado “birurim” a separação entre o que é autêntico e o que é ilusão. Neste processo, a mentira parece dominar, mas apenas porque está a ser exposta. O caos moral é, paradoxalmente, sinal de limpeza espiritual.
“Quando a escuridão se intensifica, é sinal de que a luz está para nascer.” (Zohar)
V. A raiz do problema: ego, redes e pós-verdade
Hoje, as redes sociais são o novo Sinai: é ali que as verdades são reveladas ou destruídas. Os algoritmos promovem gritos, não argumentos. Likes substituem lógica. Os mais visíveis tornam-se os mais “certos”. A geração do click é a geração do dogma instantâneo.
Não há tempo para reflexão, não há estudo, não há tradição. Há apenas opiniões instantâneas e certezas arrogantes.
“Uma geração que sabe tudo, mas não entende nada.”
VI. A urgência do retorno à profundidade
Estamos perante uma crise espiritual. Mas também uma enorme oportunidade. A Torá já nos avisou. Os sábios já apontaram o caminho. O que nos resta é levantar a cabeça, abrir os olhos e reconhecer que a verdade não pode ser decidida por votos, nem cancelada por modas.
O que é sagrado permanece. E o que é ilusão, mesmo gritada por milhões, há-de cair.
Voltarmos à Torá, à sabedoria perene, é a verdadeira revolução.
Porque nesta nova ditadura, onde todos querem ser bons... poucos se atrevem a ser verdadeiros.